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Há uma estante na sala

Há uma estante na minha sala que só fala em português. Uma descoberta de livros e autores portugueses. A viagem de uma vida

Há uma estante na sala

Há uma estante na minha sala que só fala em português. Uma descoberta de livros e autores portugueses. A viagem de uma vida

Ideias para promover a literatura e autores portugueses

27.06.20 | Há uma estante na minha sala
Lembrei-me de escrever este conteúdo pois considero um assunto muito pertinente e sempre actual. Sinto que existe muita gente a criticar o estado da cultura, no geral, e mais em concreto a crise no meio literário tanto do ponto de vista das vendas como da promoção. Livrarias e editoras queixam-se que vendem menos livros e os autores falam da dificuldade de publicar e promover as suas obras.  Em simultâneo, muita gente tem defendido que a escola em vez de criar leitores tem desmotivado cada vez mais os alunos a ler com obras complexas e sem interesse. Claro que a maioria são obras históricas mas com tantos estímulos, como os que os jovens têm hoje em dia, fica complexo começar dessa forma. Não só nesse ponto, mas noutros a escola e o ensino não têm acompanhado a evolução dos tempos. Vai sempre existir pessoas que não vão gostar de ler, mas o importante é existir cada vez mais gente apaixonada por este mundo. Cada livro é uma viagem única. 

 

Acredito mesmo que nem sempre seja fácil, mas não quero explorar essa parte uma vez que tenho pouco conhecimento para o fazer. O que posso fazer [e decidi fazê-lo] aqui é o de partilhar ideias para promover a literatura e autores portugueses. 

 

Para já compilei 6 ideias, mas sinto que este artigo estará em constante atualização e todos podem contribuir para o mesmo. 

 

1. Comprar directamente ao escritor 

Todos nós, viciados em livros, temos uma lista de desejos, livros que gostaríamos de ler, autores que gostaríamos de conhecer, uma capa que vimos na Feira do Livro e nos chamou a atenção, etc. 

Se estás a pensar comprar um livro, procura o autor nas redes sociais e pergunta se vende o seu livro directamente. É uma forma de ajudar os autores (menos intermediários no processo) e com sorte ainda ganhamos uma dedicatória e/ou um agradecimento.

 

2. Comprar numa livraria independente  

Há muitos anos na época dos filmes em DVD tinha milhares de filmes que queria ver e para isso era preciso comprar. A FNAC tinha uma área de promoções com filmes até 10€. Combinei com uma amiga todos os mês comprarmos um filme diferente entre nós as duas. Assim, enquanto estudantes, conseguíamos ver 2 filmes por mês. 

Actualmente estipulo um budget por mês para livros e tento comprar 1 deles ou directamente ao escritor ou através de uma livraria independente. 

Procurar uma livraria perto do local onde trabalha, estuda ou vive é o primeiro passo. Também é possível procurar através da RELI (Rede de Livrarias Independentes) a livraria mais próxima ou de um género específico.  

Inclusive a RELI tem uma iniciativa com algumas livrarias que se chama Livraria às Cegas. Basicamente escolhemos o Livreiro, selecionamos o valor e recebemos um livro surpresa em casa todos os meses. É uma iniciativa muito gira para conhecer novos autores. 

 

3. Comprar livros em 2a mão

Sou 100% a favor de comprar e vender livros em segunda mão. Na minha casa existe a prateleira dos especiais, mas depois existem as outras prateleiras onde estão livros interessantes mas que não irei voltar a ler. Por isso acho óptimo dar uma nova casa a um livro, um novo dono, um novo leitor. Cada vez há mais páginas no Instagram, Facebook e no OLX onde conseguimos encontrar livros novos a preços acessíveis.

Há inclusive uma nova plataforma, bastante intuitiva, para compra e venda de livros. Chama-se Trade Stories. Explorem! Demora 2 segundos a fazer login e está pronta a ser usada. 

 

4. Emprestar

Eu sou do verbo emprestar. Muito dificilmente volto a ler um livro. Pode apetecer-me rever uma passagem, mas normalmente tiro logo notas ou tiro uma foto. Em última análise posso sempre ir à biblioteca procurá-lo de novo. 

Mas essencialmente venho de uma família de colectores ou colecionadores (não só de livros mas também de muitos livros) e por isso cada vez mais  sou da team do destralhar, simplificar, minimizar. Cada vez acredito mais que, ter muitas coisas (para além do essencial) nos torna pessoas mais complicadas e em alguma fase da vida vai nos dar muito stress e dores de cabeça.

Muita gente questiona-se “E se o livro não voltar?” Se o livro não voltar e eu quiser muito muito muito compro-o em segunda mão ou vou à biblioteca consultar o que for necessário.

 

5. Bibliotecar

Todos nós sabemos que, infelizmente, os livros são caros. Queremos conhecer mais sobre um autor ou temos curiosidade em perceber um género literário? O verbo certo é bibliotecar!

As bibliotecas são sítios muito ricos ao nível cultura, têm um catálogo gigante de livros, fazem imensos eventos com autores, lançamentos de novos livros, leitura de excertos, espaço de partilha de opiniões e atividades para os miúdos. Também é possível ir para a biblioteca estudar ou fazer uma pesquisa. E melhor que tudo é grátis. 😊 Pelo menos as bibliotecas municipais. 

[Já deu para perceber que adoro bibliotecar? 😊 ]

 

6. Partilhar 

Todos nós temos uma rede de contactos, maior ou mais pequena, do foro mais das redes sociais ou do contacto pessoal. Nascemos com ela e vai crescendo conforme vamos concluindo etapas na nossa vida. Essa rede são a nossa família, amigos, colegas da escolha, conhecidos, colegas de trabalho. As redes sociais vieram alargar essa rede de influência até a pessoas que não conhecemos pessoalmente, mas com as quais descobrimos que temos vários pontos e comum.

Dentro dessa rede partilhamos gostos pessoais, sítios onde vamos passear, jantar, opiniões e valores. Também podemos partilhar mais sobre livros. 

Alguns exemplos:


  • Partilhar nas redes sociais o livro ou uma curiosidade sobre o autor

  • Escrever sobre o livro/autor

  • Falar aos amigos do livro/autor 

  • Dar feedback do livro quer seja directamente ao autor, no goodreads ou em fóruns


 

Tenho alguns amigos – quem nem lêem muito – mas que quando digo que acabei de ler um livro brutal eles querem logo saber mais. 

 

Espero que tenham sido úteis estas 6 ideias. 

[Este artigo está em constante construção pelo que se tiveres outras ideias por favor partilha comigo. ]

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